segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ESCOLHAS...



Uma pergunta bem clichê que as pessoas costumam fazer é: “se você pudesse voltar atrás, o que você mudaria? O que você não teria feito?” E pensando sobre isso eu cheguei a algumas conclusões. Primeiro, que não podemos voltar atrás. O que passou, passou e não pode ser mudado. A segunda é que não podemos desprezar o contexto em que fizemos determinadas escolhas. Talvez hoje, ao olharmos para trás e depois de termos passado pela situação, façamos uma análise e vejamos que talvez outra decisão, diferente da que tomamos, teria sido melhor. Mas hoje, estamos fora da situação, estamos com olhar distante. Enquanto estávamos envolvidos, talvez a decisão tomada tenha sido a mais certa, a melhor, a que realmente nos proporcionou um momento de alegria e satisfação.
Não podemos desconstruir o caminho que trilhamos. Se nós mudamos o trajeto, se tomamos novos rumos, isso não vai alterar os primeiros passos. Somos resultado dos nossos caminhos. O que nos resta é saber lidar com as consequências das nossas decisões, saber conviver com as lembranças e com as memórias. Não podemos esperar que tudo se apague ou que tudo se conserte tão rapidamente. Há um longo processo para que isso aconteça, pois o passado sempre estará ali. O hoje e o amanhã, daqui a alguns dias, será passado. Temos que fazer do nosso passado uma boa lembrança, da qual não sintamos a necessidade de nos arrependermos. Para isso, precisamos viver bem o nosso presente, ele será o passado que recobraremos no futuro. Nossas escolhas hoje dirão muito sobre nós daqui em diante.
            Para que não precisemos nos arrepender do dia de hoje, devemos procurar pensar antes dos nossos atos, decidir ser feliz da forma mais honesta e decidir fazer com que as pessoas que convivem conosco também sintam alegria em estar perto de nós. O amor deve ser dado, deve ser demonstrado. Amizades devem ser cultivadas e cuidadas. Façamos do nosso caminho um trajeto que não precise ser interditado, que lembranças não precisem ser apagadas e que um retrospecto seja motivo de gratidão e não de arrependimento. Nossas escolhas nos definem.